As doações arrecadadas pela campanha “Gincana do Centenário – 100 toneladas de alimentos”, promovida pelo departamento de Grupos de Idosos da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), já estão chegando às famílias dos idosos em maior situação de vulnerabilidade social.

A entrega das cestas básicas está sendo realizada pessoalmente pelo coordenador do departamento, Alfredo Kaique, e pela presidente de honra da Afasc, Gisele Bolan, que visitam as residências dos beneficiados.

“Estamos realizando essa distribuição para garantir a segurança alimentar e nutricional dos nossos idosos. Queremos que tenham uma vida digna, por isso estendemos o trabalho além das portas da Afasc”, destacou Gisele Bolan.

Segundo Alfredo Kaique, o acompanhamento social é fundamental para garantir que as doações cheguem a quem realmente precisa.

“Nossa assistente social faz a avaliação das famílias, e nós realizamos as entregas em domicílio. É gratificante ver o carinho com que somos recebidos e saber que estamos contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos nossos idosos”, afirma.

As cestas básicas distribuídas contêm itens essenciais como arroz, feijão, macarrão, açúcar, farinha de trigo, farinha de mandioca e óleo, entre outros alimentos. O objetivo é suprir as necessidades básicas das famílias assistidas, reforçando o compromisso da Afasc com a solidariedade e o cuidado social.

Entre os meses de janeiro e maio de 2025, a Prefeitura de Criciúma, por meio da Diretoria de Trânsito e Transporte (DTT), instalou 70 placas com a sinalização “Ambiente Silencioso” em diferentes regiões do município. A ação visa garantir bem-estar e respeito às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme a Lei Municipal nº 7.824/2020.

As placas seguem o padrão do Código Brasileiro de Trânsito, com medidas de 50×70 cm, e identificam áreas onde residem pessoas diagnosticadas com TEA, limitando a emissão de ruídos em um raio de até 200 metros da residência.

“Criciúma está dando um o importante para ser uma cidade mais inclusiva. As placas não são apenas sinalização de trânsito, mas um gesto de empatia. Queremos que todas as famílias se sintam acolhidas e respeitadas”, destacou o prefeito Vagner Espindola.

Como solicitar 4z4nn

A instalação das placas pode ser solicitada online, pelo sistema G-doc da Prefeitura (https://protocolo.criciuma.sc.gov.br/app/citizen/), ou presencialmente na sede da DTT. Para isso, é necessário apresentar:

• Laudo médico com CID confirmando o diagnóstico de TEA;
• Comprovante de residência atualizado (somente para moradores de Criciúma);
• Documento de identificação com foto.

Após o protocolo, a solicitação a por análise técnica da Engenharia de Trânsito e segue para execução pela Secretaria de Infraestrutura.

Respeito ao silêncio e fiscalização 1n6c4z

De acordo com o diretor da DTT, sargento Edno Dutra, a medida reforça o compromisso da cidade com o respeito e a inclusão.

“As placas são instrumentos educativos. Perturbação de sossego e poluição sonora são infrações que podem resultar em penalidades. Nosso trabalho é orientar e também fiscalizar para garantir o cumprimento da lei”, afirma.

A medida busca especialmente proteger pessoas com sensibilidade auditiva elevada, como muitas com TEA, para quem ruídos excessivos podem causar crises, estresse e incômodos emocionais.

Educação mais inclusiva 6o1j

Além da sinalização urbana, Criciúma vem promovendo ações concretas para a inclusão de estudantes com TEA na rede municipal de ensino. Atualmente, são 724 crianças autistas matriculadas nas 62 unidades escolares.

O município conta com 35 salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), além de monitores e auxiliares para e diário. Em 2025, todas as escolas municipais aram a utilizar o Plano Educacional Individualizado (PEI), e as equipes gestoras participaram de capacitações específicas sobre o autismo.

Outro avanço importante foi a flexibilização da merenda escolar, adaptada para atender crianças com seletividade alimentar, comum entre pessoas com TEA. Além disso, os critérios de avaliação foram reformulados para garantir um processo mais justo e respeitoso com as especificidades de cada aluno.

“Estamos construindo uma rede de inclusão com políticas públicas baseadas na empatia e no respeito à diversidade”, afirma a secretária de Educação, Geovana Benedet Zanette.

Mais do que políticas, um compromisso social 5ut2s

A gerente de assuntos educacionais específicos, Andréia Berto, reforça que a inclusão não depende apenas do poder público:

“A inclusão é uma construção diária, que exige políticas públicas, mas também empatia e conhecimento sobre a diversidade humana. Só assim teremos uma sociedade mais justa”, pontua.

A Prefeitura também promove campanhas de conscientização sobre o autismo, combate ao capacitismo e incentiva a participação ativa das famílias no processo educacional, fortalecendo o compromisso coletivo com a inclusão.

“Nosso compromisso é seguir criando políticas que assegurem direitos, acolhimento e dignidade às pessoas com autismo e suas famílias”, finalizou Geovana.

O Governo de Criciúma, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, promoveu nesta semana uma capacitação voltada aos profissionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). A atividade foi realizada esta semana e reuniu equipes do Centro POP, Abordagem Social, República, CRAS, CREAS e da gestão municipal. 

Com o tema “Da higienização à garantia de direitos”, a formação foi conduzida pela doutora em Serviço Social, Ciberen Quadros Ouriques, e teve como foco o Serviço Especializado em Abordagem Social. O objetivo foi fortalecer o trabalho técnico e humano das equipes no atendimento à população em situação de rua, bem como a públicos vulneráveis em contextos de exploração, uso abusivo de substâncias e trabalho infantil nas ruas. 

“Nosso governo tem o compromisso de respeitar a dignidade humana e garantir direitos. Investir na formação dos nossos profissionais é fortalecer o serviço público e aprimorar o atendimento à população mais vulnerável”, destacou o prefeito de Criciúma, Vagner Espíndola. 

A capacitação proporcionou aos profissionais momentos de escuta, troca de experiências e aprofundamento sobre estratégias intersetoriais que envolvem assistência social, saúde, habitação, trabalho e educação. “Nossos trabalhadores enfrentam situações complexas todos os dias. Essa formação amplia o conhecimento técnico e fortalece o olhar sensível, o que é essencial para garantir acolhimento, respeito e respostas adequadas às diferentes realidades das pessoas em situação de rua”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social, Dudi Sônego. 
A palestrante convidada, Ciberen Quadros Ouriques, atua há mais de 22 anos com a temática da população em situação de rua, ela ressaltou o avanço recente de Criciúma na qualificação da abordagem social, destacando a importância de práticas baseadas na escuta qualificada e no respeito aos direitos humanos. 

“A proposta foi discutir o serviço especializado numa perspectiva de dignidade, enfrentando práticas históricas de higienização social e aporofobia. Criciúma tem se alinhado às diretrizes nacionais e investido na formação dos trabalhadores, o que é fundamental para garantir um serviço técnico, eficiente e comprometido com os direitos da população em situação de rua”, afirmou Ciberen. 

Durante o encontro, também foi apresentada a proposta do programa ‘Moradia Primeiro’, já adotado em cidades como Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba, e discutidas campanhas de sensibilização pública para combater o preconceito e a exclusão social.