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Iniciativa da Unesc proporciona sorriso a criciumenses 83f4j

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Sentada em um banco de madeira, sob uma árvore frondosa no pátio da Instituição de Longa Permanência (ILP) onde mora, Marta Cardoso*, exibe com orgulho o belo sorriso. Enquanto fala, toca o indicador da mão esquerda no rosto para apontar quais os dentes receberam tratamentos.

Os cuidados relatados pela mulher de 86 anos foram todos recebidos na própria moradia por meio de uma iniciativa da Unesc: o projeto Sorrindo Melhor. Ou seja, em nenhum momento ela precisou se deslocar até uma Unidade de Saúde ou consultório.

“É uma equipe muito boa. Utilizo o trabalho do dentista, mas se eu precisasse de outros, tenho certeza que os profissionais estariam à disposição para me ajudar. Sou muito bem tratada por toda a equipe”, relata.

Após o relato, ela se direciona para dentro do imóvel, onde é acolhida pela equipe de profissionais e acadêmicos que fazem parte da iniciativa dos idealizada pelos professores Lisiane Tuon e Rafael Amaral, que, apesar do nome é multiprofissional, dentista; nutricionista; fonoaudióloga; fisioterapeuta e psicóloga, que vão até os pacientes que aram por tratamento no Centro Especializado em Reabilitação (CER), da Unesc.

O trabalho é desenvolvido em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde e do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas) e é voltado aquelas pessoas com algum tipo de deficiência, seja ela transitória ou de longo prazo, que as impossibilitam de ar os serviços comuns de saúde, que chegam ao serviço por meio do Sistema de Regulação.

Case de sucesso

A partir de novembro de 2022, os procedimentos também aram a ser realizados em Instituições de Longa Permanência, sendo que, desde então, cinco destas já receberam a equipe da Unesc.

Da área da saúde, a reitora Luciane Bisognin Ceretta, ressalta a importância de um projeto construído dentro de uma Universidade Comunitária comprometida com a estruturação de uma rede de cuidados que vai além da sala de aula e dos limites dos espaços de aprendizagem da Instituição.

“Esta é uma iniciativa que nasceu da ideia de um grupo de professores absolutamente envolvidos com a formação acadêmica de excelência e leva a saúde para aquelas pessoas que não conseguem chegar à Unesc. Futuramente, estes estudantes serão trabalhadores de saúde infinitamente melhores, formados naqueles valores e preceitos que a Unesc se propõe a construir no decorrer da sua história”, comenta Luciane.

Além dos profissionais contratados para atuar no projeto, a ação conta com estagiários da graduação dos cursos da área da saúde da Unesc. “É um programa interdisciplinar. Ao mesmo tempo que há um paciente fazendo fisioterapia, tem outro consultando com a fonoaudióloga, já ou pelo dentista, depois a psicóloga, ou seja, é um serviço completo”, explica um dos coordenadores do projeto, Rafael Amaral.

Até o momento, mais de 1,2 mil atendimentos já foram realizados pelo projeto, sendo que cada paciente recebe a visita dos profissionais de quatro a seis vezes. Destes, 70 foram realizados em Instituições de Longa Permanência; 53 a domicílio e 24 em hospitais. Já os procedimentos giram em torno de 1,4 mil com  Fisioterapeuta; 200 com Nutricionista; 2,8 com Odontologista e 440 com Psicóloga.

A coordenadora da Residência Multiprofissional, que também coordena o projeto, Lisiane Tuon, diz que a ideia inicial era manter o projeto por dois anos, mas os resultados positivos obtidos fizeram nascer a vontade de torná-la permanente, para isso, buscam-se credenciá-lo junto ao Governo do Estado para se tornar um serviço efetivo do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Este é um projeto inovador que caracteriza um atendimento domiciliar com tecnologia na área odontológica, mas também com outros profissionais que possibilitam uma assistência diferenciada. Mostramos os resultados para que esta ação permaneça, tamanho o seu sucesso, sem contar o benefício e o retorno proporcionados às pessoas.”, conta.

Além da excelência dos profissionais e acadêmicos, os serviços oferecidos, que são para média complexidade, contam com equipamentos de última geração, oportunizando um melhor resultado aos pacientes.

“Esta iniciativa é fundamental, pois o atendimento multiprofissional é diferenciado. Muitas vezes, os pacientes necessitam de atenção em diversas áreas e não conseguem ir a cada um dos consultórios. Trabalhar de forma multiprofissional é uma bandeira que defendo há muitos anos e queremos comprovar para o Sistema Público a importância e o diferencial que uma equipe formada por profissionais de diversos segmentos faz na vida das pessoas”, acrescenta Lisiane.

O Pronas, programa que o Sorrindo Melhor é vinculado, é financiado por empresas por meio da dedução fiscal. “Ele só ocorre porque as empresas confiam no projeto”, enfatiza.

Via de mão dupla

“O atendimento é muito bom, são carinhosos. Converso com eles, e todos nos dão muita atenção, o que nos deixa muito felizes”. A declaração do falante Luís Oliveira*, de 67 anos de idade, que recebe atendimentos do fisioterapeuta, dentista e psicóloga, resume muito bem o sentimento dos pacientes, mas há também o outro lado da moeda. Mal sabe ele e as demais pessoas atendidas o quão bem fazem aos profissionais.

Um dos casos é da fisioterapeuta, Bruna Bittencourt Gonçalves, que participa do projeto desde março de 2022, que usa a palavra “incrível”, para descrever o trabalho realizado e o seu sentimento em poder contribuir com as pessoas. “Assim que me formei, atuei em unidades de saúde. Agora, concluindo o Mestrado em Saúde Coletiva, atender os pacientes a domicílio ao lado de outros profissionais agrega muito e, principalmente”, diz a profissional, enquanto dá atenção a um dos pacientes com todo carinho e dedicação, característicos de um atendimento humanizado.

“O maior impacto gerado por este serviço é proporcionar uma saúde mais abrangente, levando para locais onde os atendimentos das unidades de saúde são difíceis. Conseguimos ser um braço na prestação de atendimentos em bairros que possuem muitas pessoas acamadas”, acrescenta.

Na nona fase do curso de Odontologia da Unesc, Ramila Silva, mescla o período em sala de aula e entre os equipamentos dos laboratórios com a experiência de atender os criciumenses em suas próprias casas. Acostumada também com atendimento em clínicas, ela diz que o perfil dos pacientes é diferente.

“O projeto Sorrindo Melhor nos proporciona uma prática clínica que futuramente vai ajudar na profissão. Realizamos um atendimento mais humanizado, que nos proporciona uma grande experiência”, expõe.

O dentista, João Afonso Spillere Dajori, que atua desde o início do projeto, reforça que o atendimento domiciliar é diferente daquele realizado na clínica e se diz feliz em ajudar as pessoas acamadas e com dificuldade de locomoção. 

“Antigamente olhávamos o atendimento de forma diferente: percebendo o procedimento. Agora vimos como um todo, pois estamos presentes desde o início. Amadureci bastante, vendo o paciente de outro modo. Antes ficava em um consultório, agora vou até as pessoas”, relata.

Ele conta que os pacientes necessitam de toda a equipe, pois também mexe com a parte psicológica, já que são pessoas que enfrentam algum tipo de doença. “Conseguimos dar o apoio com psicóloga, nutricionista e fisioterapeuta, aliviando as dores deles”, ressalta Dajori, acrescentando que encontra forma mais recorrente pacientes com Acidente Vascular Encefálico (AVE). “A maioria fica com um lado do corpo paralisado e precisa da fisioterapia para se recuperar. Sinto que eles mexem com os meus sentimentos e eu me sinto muito bem em poder ajudar por meio do meu trabalho. Ajudar o próximo é muito bom”, completa.

Lisiane Tuon salienta que o foco é mostrar para os acadêmicos o trabalho e o envolvimento de uma equipe multiprofissional, além de seus resultados. “Eles conhecem a realidade, a família, fazem adaptações e levam o atendimento de excelência com uma equipe muito bem qualificada para essas pessoas cuja locomoção é muito difícil”, menciona.

“Quanto mais conhecemos outras universidades, mais percebemos o diferencial que a Unesc faz na nossa região e na vida das pessoas. Imagine se não houvessem estes projetos, o que seria da vida das pessoas? Isso se comprova pelos números, pois iremos finalizar o projeto com mais de cinco mil procedimentos e mais de dois atendimentos. A Universidade é isso: além da preocupação com a formação de qualidade dos acadêmicos, também mostra a excelência destes profissionais junto à vida das pessoas. Esta é uma das nossas funções como Universidade Comunitária”, cita Lisiane.

Atendimento imprescindível 

Rafael Amaral, diz que o Brasil possui atualmente em torno de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Os números também são altos em Santa Catarina e Criciúma, o que faz o projeto ser ainda mais importante. 

“No estado este número também é alto por conta do envelhecimento da população. Já em Criciúma, que é o nosso território de abrangência, também há um grande quantitativo de pessoas que vivem nesta condição. Atendemos ainda aqueles que tiveram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou infarto que depois que saem do hospital am pelo nosso serviço para ter uma reabilitação mais rápida e, na sequência, ar serviços pontuais na rede de atenção da pessoa com deficiência, como Centro Especializado em Reabilitação que temos na Unesc”, enaltece.

Conforme o protocolo, o atendimento a cada paciente varia de quatro a oito semanas. “Por meio dos atendimentos o paciente, de uma certa forma, até onde a sua limitação permite, volta às suas atividades diárias”, frisa Amaral.

A importância da participação da Unesc, que coloca os seus serviços à disposição da comunidade são reconhecidos, inclusive, por lideranças da cidade. O secretário Municipal de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, por exemplo, diz que esta é mais uma iniciativa da Universidade que presta um serviço essencial para a sociedade. “A ideia do projeto vai de encontro com o objetivo da Secretaria Municipal de Saúde, de garantir o o à saúde e promover qualidade de vida para toda a população de Criciúma”, afirma.

A enfermeira Adriana Boeira, diz que a  Instituição de Longa Permanência onde ela atua há dois anos, sempre busca parcerias com entidades para compor os serviços oferecidos, e a Unesc é uma dessas. Para ela, mais que auxiliar na saúde dos internos do local, o trabalho desempenhado por meio do projeto Sorrindo Melhor contribui com o lado social e psicológico, tornando-se imprescindível.

“Depois dos 60 anos de idade, as pessoas precisam de uma gama de cuidados a nível psicológico, motor e cognitivo e estas parcerias são ótimas. Percebemos que os idosos se afeiçoam aos integrantes da equipe da Unesc, conversam, relatam as histórias de vida, o que é muito positivo. Estas pessoas que são atendidas pelos profissionais da Unesc são uma  a menos a procurar as unidades de saúde”, cita. 

A Constituição Federal de 1988, definiu no artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado, estipulando assim o princípio da equidade, que norteia as políticas de saúde pública brasileira, reconhecendo necessidades de grupos específicos e atuando para reduzir o impacto das diferenças.

Universidade Comunitária, em 55 anos de história, a Unesc contribui com a sociedade, auxiliando governos no atendimento, alcançando um público que muitas vezes o Estado não a. 

“O projeto Sorrindo melhor atinge um público que não chega aos equipamentos de saúde, seja por ibilidade arquitetônica; locomoção, ou outros motivos. Assim, esta iniciativa oportuniza que as pessoas com deficiência tenham uma saúde melhor, contribuindo com a qualidade de vida. É muito importante iniciativas como esta para inclusão de todos. Parabéns pela iniciativa, somos  parceiros e apoiamos este projeto que vai mudar a vida de muitas pessoas”, enfatiza a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Codec) de Criciúma, Rindalta das Graças de Oliveira.

Bem-vindos à nossa casa

Humanização; carinho; afeto; amor são algumas das coisas coisas que am pela porta das casas dos pacientes junto aos profissionais em seus jalecos brancos. Estas características são sempre reforçadas pelo coordenador Rafael Amaral.  

“Nós só deixamos entrar em nossa casa, pessoas que temos vínculo, que confiamos, então sempre digo para a nossa equipe que é preciso atender da melhor forma possível e ter respeito com a individualidade de cada um, com seu limite, é muito importante”, finaliza.

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Família autoriza doação de órgãos de homem de 43 anos em Criciúma 5m6kv

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Mesmo diante da dor pela perda de um ente querido, a família de um homem de 43 anos que teve morte encefálica confirmada após sofrer uma parada cardiorrespiratória (PCR) autorizou a doação de órgãos. A captação foi realizada no Hospital São José, em Criciúma, durante a noite, com a retirada dos rins e do globo ocular do doador.

“É um processo extremamente minucioso, mas também muito nobre. Cada captação carrega uma história, uma família e uma decisão que faz toda a diferença na vida de quem espera por um transplante”, explica Renata Mendes Machado, enfermeira da Comissão Hospitalar de Transplantes (CHT).

A coordenação da sala cirúrgica contou com a atuação das enfermeiras Morgana Carboni e Jaqueline Martins.

As enfermeiras Roseli Canela e Renata Mendes, responsáveis pela abordagem e acolhimento da família, destacaram o gesto como transformador:

“Mesmo no momento mais difícil, elas entenderam que poderiam ajudar outras famílias. A doação de órgãos não é só sobre salvar vidas. É sobre transformar a dor em amor e esperança”, ressaltam.

Hospital São José: referência em doações 4qw61

O Hospital São José é uma das referências na região pelo trabalho humanizado e pela estrutura de alta complexidade voltada ao processo de doação. Somente em 2025, já foram realizadas 12 doações de órgãos.

“Conversar sobre doação de órgãos em vida é essencial. Quem autoriza a doação são os familiares de primeiro grau. Por isso, é fundamental que esse desejo seja compartilhado”, reforça a enfermeira Morgana Carboni.

Doação de órgãos salva vidas 1s132h

Um único doador pode salvar até oito pessoas. Falar sobre o tema com familiares é o primeiro o para garantir que esse gesto de amor e solidariedade se concretize.

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Diocese de Criciúma terá seu próprio Tribunal Eclesiástico 513724

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No dia 15 de agosto, data em que a Diocese de Criciúma celebra 27 anos de instalação, a Igreja Particular vai realizar a instalação canônica do seu Tribunal Eclesiástico Diocesano. O ato solene será às 9h, na Catedral São José, com a Santa Missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach, seguida do ato oficial que será realizado no auditório.

O Tribunal Eclesiástico, conforme estabelecido pelo Código de Direito Canônico, é o órgão responsável por assegurar a justiça dentro da Igreja Católica, oferecendo orientação e solução para questões que envolvem a vida sacramental, matrimonial e disciplinar dos fiéis. Atualmente, os processos canônicos da Diocese de Criciúma são istrados pelo Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Florianópolis, em Santa Catarina existe ainda o Tribunal Diocesano de ville, que já atua no mesmo modelo que será inaugurado.

“O tribunal eclesiástico é um órgão judicial da Igreja Católica responsável por julgar de forma técnica os casos eclesiásticos, aplicando o direito canônico. Ele exerce o discernimento judicial sobre atos realizados através da Igreja, o mais conhecido deles é a declaração de nulidade de um casamento religioso”, explica o padre Gabriel Manarim Dalmolin, que atuará como vigário judicial do tribunal.

Doutorando em Direito Canônico pela Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, o sacerdote destacou que os processos canônicos seguem uma estrutura semelhante aos tribunais civis, com juízes, advogados de defesa e procedimentos legais. “Um caso analisado e julgado forma um processo canônico, que tem como objetivo guiar os fiéis conforme a doutrina da Igreja e a vontade de Cristo”, acrescentou.

O órgão será instalado na Cúria Diocesana, no bairro Santa Bárbara, e reforçará a atuação jurídica da Igreja Particular. “Acompanhando as necessidades que a vida pastoral da Igreja vai nos apresentando, a Diocese de Criciúma também sentiu a importância desse espaço para seguir contribuindo na evangelização de todo o povo de Deus”, evidencia padre Gabriel.

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Creche de Cocal do Sul trabalha obra de Monteiro Lobato 6r5uk

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A Creche Municipal Octávia Búrigo Gaidzinski, em Cocal do Sul, promoveu ao longo da semana uma série de atividades voltadas à literatura infantil. A proposta integrou a quarta sequência didática desenvolvida pela turma do Nível 2A e teve como foco a valorização da obra de Monteiro Lobato, autor consagrado da literatura brasileira.

O projeto pedagógico levou os alunos a explorarem o universo do Sítio do Picapau Amarelo. Por meio de contações de histórias, experiências sensoriais e brincadeiras temáticas, as crianças tiveram a oportunidade de conhecer os personagens que marcaram gerações.

Um dos destaques da semana foi o personagem Visconde de Sabugosa, que se tornou o centro das vivências mais recentes. Os alunos participaram de uma sessão de fotos caracterizados como o Visconde, com cartola e expressão pensativa, e também observaram de perto um pé de milho natural, explorando texturas, cores e a utilidade do alimento no dia a dia. A atividade foi encerrada com a degustação de milho cozido.

Para a coordenadora pedagógica, Luciane Idêne dos Santos Rosso Leal, a iniciativa é uma forma eficaz de estimular o interesse pela leitura desde cedo. “Trabalhar com a literatura infantil de forma lúdica e vivencial é uma maneira de despertar o interesse das crianças pelos livros e pela imaginação. Com o Sítio do Picapau Amarelo, conseguimos unir aprendizado, cultura e diversão, tornando o processo educativo ainda mais significativo para os pequenos”, destacou.

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